Artigo completo - Open Access.

Idioma principal

Pesquisa e desenvolvimento, estrutura produtiva e efeitos econômicos: avaliando o papel do fomento público na economia brasileira

Montenegro, Rosa Livia Gonçalves ; Betarelli Junior, Admir Antonio ; Faria, Weslem Rodrigues ; Bahia, Domitila Santos ; Gonçalves, Eduardo ;

Artigo completo:

Este artigo tem como objetivo projetar os efeitos sobre a economia brasileira do financiamento público de investimentos em P&D, considerando também as mudanças resultantes na produtividade total dos fatores de produção (TFP) nos setores de alta, média e baixa tecnologia. A análise procede de uma estratégia empírica em dois estágios integrados. No primeiro, estimou-se a elasticidade do investimento público em P&D em relação à PTF. No segundo, os efeitos da retirada dos investimentos em P&D e o impacto estimado, na primeira etapa, de P&D na PTF foram projetados a partir de um modelo dinâmico de equilíbrio geral computável (CGE). Os resultados indicam que sem a participação do capital público haveria uma retração da atividade econômica, afetando negativamente o mercado interno e externo da economia.

Artigo completo:

Palavras-chave: Investimento público; P&D; Efeitos econômicos,

Palavras-chave:

DOI: 10.5151/iv-enei-2019-1.3-058

Referências bibliográficas
  • [1] Adams, J. D. (1990). Fundamental Stocks of Knowledge and Productivity Growth. Journal of Political Economy, 98(4), 673–702. http://doi.org/10.1086/261702
  • [2] Armington, P. S. (1969). A Theory of Demand for Products Distinguished by Place of Production. International Monetary Fund Staff Papers, 16(1), 159–178.
  • [3] Athreye, S., & Cantwell, J. (2007). Creating competition?. Globalisation and the emergence of new technology producers. Research Policy, 36(2), 209–226. http://doi.org/10.1016/j.respol.2006.11.002
  • [4] Avellar, A. P. (2009). Impacto das políticas de fomento à inovação no Brasil sobre o gasto em atividades inovativas e em atividades de P&D das empresas. Estudos Econômicos (São Paulo), 39(3), 629–649. http://doi.org/10.1590/s0101-41612009000300007
  • [5] Avellar, A. P. M., & Alves, P. F. (2008). Avaliação de Impacto de Programas de Incentivos Fiscai a Inovação – Um Estudo Sobre os Efeitos do PDTI no Brasil. Revista Economia - ANPEC, 9(1), 143–164.
  • [6] Baltagi, B. H., & Wu, P. X. (2002). Unequally spaced panel data regressions with ar(1) disturbances. Econometric Theory, 15(6), 814–823. http://doi.org/10.1017/s0266466699156020
  • [7] Betarelli Junior, A. A., & Domingues, E. P. (2014). Efeitos econômicos da proposta de redução tarifária sobre as operações domésticas de cabotagem no Brasil (2013-2025). Pesquisa e Planejamento Econômico, 44(3), 663–710. Retrieved from http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/3654
  • [8] Bhargava, A., Franzini, L., & Narendranathan, W. (2006). Serial Correlation and the Fixed Effects Model. The Review of Economic Studies, 49(4), 533–549. http://doi.org/10.2307/2297285
  • [9] Bor, Y. J., Chuang, Y. C., Lai, W. W., & Yang, C. M. (2010). A dynamic general equilibrium model for public R&D investment in Taiwan. Economic Modelling. http://doi.org/10.1016/j.econmod.20008.007
  • [10] Busom, I., & Fernández-Ribas, A. (2008). The impact of firm participation in R&D programmes on R&D partnerships. Research Policy, 37(2), 240–257. http://doi.org/1016/j.respol.2007.11.002
  • [11] Bye, B., Faehn, T., & Grnfeld, L. A. (2011). Growth and innovation policy in a small, open economy: Should you stimulate domestic R&D or exports? B.E. Journal of Economic Analysis and Policy, 11(1). http://doi.org/10.2202/1935-1682.2601
  • [12] Bye, B., Fæhn, T., & Heggedal, T. R. (2009). Welfare and growth impacts of innovation policies in a small, open economy; an applied general equilibrium analysis. Economic Modelling, 26(5), 1075–1088. http://doi.org/10.1016/j.econmod.2009.04.002
  • [13] Coccia, M. (2009). What is the optimal rate of R&D investment to maximize productivity growth? Technological Forecasting and Social Change, 76(3), 433–446. http://doi.org/10.1016/j.techfore.2008.02.008
  • [14] Coe, D. T., & Helpman, E. (1995). International R&D spillovers. European Economic Review, 39(5), 859–887. http://doi.org/10.1016/0014-2921(94)00100-E
  • [15] Colecchia, A., & Schreyer, P. (2002). ICT investment and economic growth in the 1990s: Is the United States a unique case? Review of Economic Dynamics, 5(2), 408–442. http://doi.org/10.1006/redy.2002.0170
  • [16] Corrado, C., Haskel, J., & Jona-Lasinio, C. (2017). Knowledge Spillovers, ICT and Productivity Growth. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, 79(4), 592–618. http://doi.org/10.1111/obes.12171
  • [17] Czarnitzki, D., Hanel, P., & Rosa, J. M. (2011). Evaluating the impact of R&D tax credits on innovation: A microeconometric study on Canadian firms. Research Policy, 40(2), 217–229. http://doi.org/10.1016/j.respol.2010.09.017
  • [18] De Negri, F. (2012). Elementos para a análise da baixa inovatividade brasileira e o papel das políticas públicas. Revista USP, (93), 81–100. http://doi.org/10.11606/issn.2316-9036.v0i93p81-100
  • [19] Diao, X., Roe, T. L., & Yeldan, A. E. (1998). Fiscal debt management, accumulation and transitional dynamics in a CGE model for Turkey. Canadian Journal of Development Studies, 19(2), 343–375. http://doi.org/10.1080/02255189.1998.9669754
  • [20] Diao, X., Roe, T., & Yeldan, E. (1999). Strategic policies and growth: An applied model of R and D-driven endogenous growth. Journal of Development Economics, 60(2), 343–380. http://doi.org/10.1016/S0304-3878(99)00044-9
  • [21] Dixon, P. B., Parmenter, B. R., Sutton, J. M., & Vincent, D. P. (1982). ORANI: A Multisectoral Model of the Australian Economy. Amsterdam: North-Holland Pub. Co.
  • [22] Dixon, P. B., & Rimmer, M. (2002). Dynamic General Equilibrium Modelling for Forecasting and Policy: a practical guide and documentation of MONASH. Amsterdan: Elsevier.
  • [23] Domingues, E. P., Magalhães, A. S., Betarelli Junior, A. A., Junior, T. S. C., & Santiago, S. (2014). The World Financial Crisis in Brazil: Industry and Regional Economic Impacts. Journal of International Business and Economics, 2(3), 57–94.
  • [24] Ghosh, M. (2007). R&D policies and endogenous growth: A dynamic general equilibrium analysis of the case for Canada. Review of Development Economics, 11(1), 187–203. http://doi.org/10.1111/j.1467-9361.2007.00381.x
  • [25] Griffith, R., Redding, S., & Van Reenen, J. (2004). Mapping the two faces of R&D: Productivity growth in a panel of OECD industries. Review of Economics and Statistics, 86(4), 883–895. http://doi.org/10.1162/0034653043125194
  • [26] Grossman, G. M., & Helpman, E. (1991). Trade, knowledge spillovers, and growth. European Economic Review, 35(2–3), 517–5 http://doi.org/10.1016/0014-2921(91)90153-A
  • [27] Hall, B., & Van Reenen, J. (2000). How effective are fiscal incentives for R&D? a review of the evidence. Research Policy, 29(4–5), 449–469. http://doi.org/10.1016/S0048-7333(99)00085-2
  • [28] Hong, C., Yang, H., Hwang, W., & Lee, J. D. (2014). Validation of an R&D-based computable general equilibrium model. Economic Modelling, 42, 454–463. http://doi.org/10.1016/j.econmod.2014.07.014
  • [29] IBGE. (2015a). Formação Bruta de Capital Fixo:Sistema de Contas Nacionais – Brasil (No. Nota Metodológica no 13). Rio de Janeiro: IBGE. Retrieved from ftp://ftp.ibge.gov.br/Contas_Nacionais/Sistema_de_Contas_Nacionais/Notas_Metodologicas_2010/13_formacao_bruta_capital_fixo.pdf
  • [30] IBGE. (2015b). Pesquisa e Desenvolvimento: Sistema de Contas Nacionais – Brasil (No. Nota Metodológica no 16). Rio de Janeiro: IBGE. Retrieved from ftp://ftp.ibge.gov.br/Contas_Nacionais/Sistema_de_Contas_Nacionais/Notas_Metodologicas_2010/16_pesquisa_e_desenvolvimento.pdf
  • [31] IBGE. (2017). Sistema de Contas Nacionais: Brasil : 2010-2015. Estatísticas do registro civil 2015. Rio de Janeiro: IBGE. http://doi.org/ISSN 0101-4234
  • [32] Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (2017, October). Indicador Ipea trimestral de estoque de capital. Retrieved from http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/wp-content/uploads/2017/10/Estoque-de-capital_2017II.xlsx
  • [33] Jones, C. I. (1995). R & D-Based Models of Economic Growth. Journal of Political Economy, 103(4), 759–784. http://doi.org/10.1086/262002
  • [34] Jones, C. I., & Williams, J. C. (1998). Measuring the social return to R&D. Quarterly Journal of Economics, 113(4), 1119–1135. http://doi.org/10.1162/003355398555856
  • [35] Jr, K., Sergio, & Porto, G. (2012). Incentivos Fiscais à Desenvolvimento e Inovação no Brasil : Uma avaliação das políticas Incentivos Fiscais à Pesquisa (Desenvolvimento e Inovação no Brasil : Uma avaliação das políticas No. IDB-DP-236). Banco Interamericano de Desenvolvimento. Washington, United States: BID.
  • [36] Klein, L. R., & Rubin, H. (1947). A constant-utility index of the cost of living. The Review of Economic Studies, 15(2), 84–87. Retrieved from https://www.jstor.org/stable/pdf/2295996.pdf
  • [37] Krammer, S. M. S. (2014). Assessing the relative importance of multiple channels for embodied and disembodied technological spillovers. Technological Forecasting and Social Change, 81, 272–286. http://doi.org/10.1016/j.techfore.2013.02.006
  • [38] Lam, P. L., & Shiu, A. (2010). Economic growth, telecommunications development and productivity growth of the telecommunications sector: Evidence around the world. Telecommunications Policy, 34(4), 185–199. http://doi.org/10.1016/j.telpol.2009.12.001
  • [39] Los, B., Timmer, M. P., & de Vries, G. J. (2015). How global are global value chains? A new approach to measure international fragmentation. Journal of Regional Science, 55(1), 66–92. http://doi.org/10.1111/jors.12121
  • [40] Mallidis, I., Dekker, R., & Vlachos, D. (2012). The impact of greening on supply chain design and cost: A case for a developing region. Journal of Transport Geography, 22, 118–128. http://doi.org/10.1016/j.jtrangeo.2011.12.007
  • [41] Messa, A. (2015). Determinantes da produtividade na indústria brasileira. In L. R. (Organizadores). DE NEGRI, F.; CAVALCANTE (Ed.), Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes (pp. 23–41). Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
  • [42] Miguez, T. de H. L. (2016). Evolução da Formação Bruta de Capital Fixo na Economia Brasileira 2000-2013: Uma Análise Multissetorial com Base nas Matrizes de Absorção de Investimento (MAIs). Tese (Doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia), Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • [43] Miguez, T., & Freitas, F. (2019). Matrizes de Absorção de Investimento: Proposta Metodológica para o SCN Ref. 2010 (No. Provisório, em elaboração). Rio de Janeiro: BNDES.
  • [44] Negri, F. De, Negri, J. A. De, & Lemos, M. B. (2009). Impactos do ADTEN e do FNDCT sobre o Desempenho e os Esforços Tecnológicos das Firmas Industriais Brasileiras. Revista Brasileira de Inovação, 8(1), 211–254.
  • [45] Nishioka, S., & Ripoll, M. (2012). Productivity, trade and the R&D content of intermediate inputs. European Economic Review, 56(8), 1573–1592. http://doi.org/10.1016/j.euroecorev.2012.08.004
  • [46] O’Mahony, M., & Vecchi, M. (2009). R&D, knowledge spillovers and company productivity performance. Research Policy, 38(1), 35–44. http://doi.org/10.1016/j.respol.2008.09.003
  • [47] OECD. (2018). Gross domestic spending on R&D. http://doi.org/10.1787/d8b068b4-en
  • [48] Ortega-Argilés, R. (2013). 11 R&D, knowledge, economic growth and the transatlantic productivity gap. In F. Giarratani, G. J. D. Hewings, & P. McCann (Eds.), Handbook of Industry Studies and Economic Geography (p. 271). Massachusetts: Edward Elgar Publishing.
  • [49] Parente, S. L., & Prescott, E. C. (1999). Monopoly rights: A barrier to riches. American Economic Review, 89(5), 1216–1233. http://doi.org/10.1257/aer.89.5.1216
  • [50] Pellens, M., Peters, B., Hud, M., Rammer, C., & Licht, G. (2018). Public Investment in R&D in Reaction to Economic Crises - A Longitudinal Study for OECD Countries (ZEW-Centre for European Economic Research Discussion Pape No. N. 18-005). SSRN. Mannheim, Germany: ZEW. http://doi.org/10.2139/ssrn.3122254
  • [51] Romer, P. M. (1990). Endogenous Technological Change. Journal of Political Economy, 98(5), 71–102. http://doi.org/10.3386/w3210
  • [52] Solow, R. M. (1957). Technical Change and the Aggregate Production Function. The Review of Economics and Statistics, 312–320. http://doi.org/10.1021/acs.inorgchem.7b02551
  • [53] Taveira, J. G., Gonçalves, E., & Freguglia, R. D. S. (2019). The missing link between innovation and performance in Brazilian firms: a panel data approach. Applied Economics, 51(33). http://doi.org/10.1080/00036846.2019.1584374
  • [54] The World Trade Organization. (2011). World Trade Report – 2011- The WTO and preferential trade agreements: From co-existence to coherence. World Trade Review. http://doi.org/10.1097/PCC.0b013e3182720473
  • [55] Xu, B., & Wang, J. (2000). Trade, FDI, and international technology diffusion. Journal of Economic Integration, 15(4), 585–601. Retrieved from https://www.jstor.org/stable/23000438
Como citar:

Montenegro, Rosa Livia Gonçalves; Betarelli Junior, Admir Antonio; Faria, Weslem Rodrigues; Bahia, Domitila Santos; Gonçalves, Eduardo; "Pesquisa e desenvolvimento, estrutura produtiva e efeitos econômicos: avaliando o papel do fomento público na economia brasileira", p. 204-223 . In: Anais do IV Encontro Nacional de Economia Industrial e Inovação. São Paulo: Blucher, 2019.
ISSN 2357-7592, DOI 10.5151/iv-enei-2019-1.3-058

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações