Julho 2016 vol. 2 num. 7 - 13º Congresso Gaúcho de Clínica Médica

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Prevalência dos Subtipos Moleculares Específicos do Câncer de Mama em pacientes atendidas em um Serviço de Alta Complexidade e Demanda do Sul de Santa Catarina de 2006 a 2014.

LAZARETTI, Ana Paula ; ASSIS, Priscila Marques de ; SCRIDELLI, Livia Machado ; ALHTOFF, Juliana Lorenzoni ; DALTOÉ, Kleber Serafim ; MADEIRA, Kristian Madeira ;

Artigo:

Introdução: Com aproximadamente 1,7 milhões de novos casos diagnosticados em 2012, o câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres no mundo todo (segundo câncer mais comum geral). A incidência de câncer de mama aumentou de 20,16 no ano de 1975 para 71,46 em 2013 casos por 100.000 mulheres. O este tumor é responsável por 15% das mortes de mulheres por câncer e corresponde à segunda causa de morte oncológica na mulher, ficando atrás somente do câncer de pulmão. Além dos subtipos histológicos, que tem como mais frequentes os Carcinoma Ductal Invasor e Carcinoma Lobular Invasor, representando juntos mais de 80% dos casos, o Câncer de Mama também pode ser dividido em subtipos moleculares, que são classificados de acordo com critérios avaliados em painéis imunoistoquímicos, que avaliam a positividade dos receptores hormonais, a porcentagem de Ki67, que indica proliferação celular e a superexpressão HER2. Essa classificação é importante, pois podem alterar a terapia instituída para cada subtipo específico. Os subtipos moleculares do câncer de mama se dividem em: Luminal A (receptor hormonal positivo, Ki67 menor que 14%), Luminal B (receptor hormonal positivo, Ki67 maior ou igual a 14%), Superexpressão HER2 (presença de superexpressão HER2, independente da positividade de receptores hormonais) e Triplo negativo (receptores hormonais negativos, superexpressão HER2 negativo). O subtipo luminal A é o mais prevalente, representando 50 a 60% dos casos de câncer de mama. Possuem o melhor prognóstico e a menor taxa de recidiva local. O Luminal B, abrange de 10 a 20% dos casos. O subtipo triplo-negativo apresenta o pior prognostico, e correspondem a cerca de 15% dos casos. O subtipo HER2 apresenta prevalência de 15 a 20% e apresentam-se mais frequentemente entre mulheres jovens. Objetivo: Avaliar a prevalência dos subtipos moleculares específicos no Câncer de Mama nas pacientes diagnosticada com doença invasora em um Serviço de Oncologia de Alta Complexidade e Alta Demanda do Sul do Estado de Santa Catarina, no período de 2006 a 2014. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal, documental e retrospectivo, avaliando prontuários de pacientes do sexo feminino com diagnóstico de câncer de mama invasor, atendidas em um Serviço de Oncologia de Alta Complexidade e Alta Demanda do Sul do Estado de Santa Catarina, no período de 2006 a 2014. Os critérios de exclusão foram prontuários incompletos ou não localizados e pacientes com metástases à distância ao diagnóstico. Os dados coletados foram organizados em planilhas do software Statistical Package for the Social Sciencies (SPSS) versão 22.0, aonde os dados foram analisados em frequência e porcentagem. Resultados: Foram analisados 387 prontuários. O subtipo mais comum na amostra foi o Luminal A com 147 casos (38,0%), seguido pelo Luminal B 121 casos (31,3%), Triplo Negativo 60 casos (15,5) e Superexpressão HER2 com 59 casos (15,2%). Conclusão: De acordo com os dados analisados podemos concluir que o subtipo molecular mais comumente apresentado é o Luminal A, seguido pelo Luminal B, e apresentando frequências muito semelhantes dos subtipos Triplo negativo e Superexpressão HER2, dados que são muito semelhantes aos apresentados na literatura atual.

Artigo:

Palavras-chave: Câncer de Mama; Subtipos Moleculares; Mastologia,

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/medpro-xiiicgcm-1456786230

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Como citar:

LAZARETTI, Ana Paula; ASSIS, Priscila Marques de; SCRIDELLI, Livia Machado; ALHTOFF, Juliana Lorenzoni; DALTOÉ, Kleber Serafim; MADEIRA, Kristian Madeira; "Prevalência dos Subtipos Moleculares Específicos do Câncer de Mama em pacientes atendidas em um Serviço de Alta Complexidade e Demanda do Sul de Santa Catarina de 2006 a 2014.", p. 144-148 . In: In Anais do 13º Congresso Gaúcho de Clínica Médica [=Blucher Medical Proceedings, n.7, v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 2357-7282, DOI 10.5151/medpro-xiiicgcm-1456786230

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