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A pesquisa analisa o emprego de recursos imagéticos para a democratização e divulgação de conhecimentos científicos entre não-especialistas, mais especificamente em iniciativas que envolvam a temática da Covid-19. Dado o valor das intervenções de design na apresentação do conhecimento para que este seja eficazmente percebido e assimilado (BONSIEPE, 2000: 3), percebe-se que, no caso da pandemia em questão, a efetiva visualização de dados auxilia na compreensão das causas e implicações do novo coronavírus, assim como no estímulo à responsabilidade cívica por meio do autocuidado e da prática do distanciamento social (GIANNELLA; VELHO, 2021: 276). A partir da recuperação e sistematização de rastros deixados na internet, da observação das “zonas de contato” (FAUSTO NETO, 2010: 65), pretende-se identificar atributos sintáticos que impulsionam a propagação de tais imagens. Levando em conta a fácil reprodução e disseminação, a pesquisa enfoca imagens que circulam por meio de postagens em mídias sociais, ambiente virtual marcado pelo compartilhamento, pela visibilidade do cotidiano e pela conexão entre estética e participação social (PRATA, 2016: 3). A interlocução e a difusão são fundamentos essenciais da prática científica, viabilizando a troca de saberes e o progresso do conhecimento humano. Por esse motivo, na presente pesquisa, a seleção de amostragem para análise se dará pela quantidade de reações e compartilhamentos que cada postagem individual suscita. Considera-se a hipótese de que o volume de compartilhamento de uma imagem possa ser um indicador de sua eficácia. Neste ponto, nossa metodologia aproxima-se do conceito de design participatório, ou co-design (SANDERS e STAPPERS, 2008), que leva em consideração as preferências, decisões e ações dos demais participantes do processo, tomando-os como parceiros, ao invés de meramente usuários finais.