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Os produtos culturais de massa têm um importante papel na produção, legitimação e perpetuação dos estereótipos raciais. Ao acessarmos as diferentes mídias, constatamos que, apesar do Brasil ter a segunda maior população negra do mundo, a representatividade desta população em produtos artísticos se apresenta em evidência desproporcional, confirmando os valores estéticos, políticos e de poder atravessados pelo racismo. No entanto, se a cultura tem um papel fundamental para reafirmar o racismo, também tem a potência para produzir outros significados que contribuam com o antirracismo. A partir desta premissa, a pesquisa se propõe analisar como produtos culturais de massa, através de seus processos artísticos e narrativas, podem produzir e utilizar de um repertório e léxico criativo comum para o fortalecimento da luta antirracista. Para isso, analisa comparativamente produtos culturais de massa com discursos transformacionais das experiências afro-brasileiras em dois produtos artísticos específicos: exposições e filmes de longa-metragem, realizados entre os anos de 2021 a 2023, para examinar essas narrativas, suas políticas de design projetual e processos de criação impactam as narrativas apresentadas em cada produto. E busca responder à pergunta: Como o gesto antirracista se desenvolve, física e narrativamente, dentro do contexto contemporâneo de exposições e filmes? A pesquisa incorpora debates sobre processos criativos, do design social e de sociologia, mais especificamente de estudos do negro (Black Studies), e espera contribuir para a mudança social através de método criativo ao descrever o potencial narrativo e criativo antirracista de exposições e filmes.