Abril 2017 vol. 2 num. 2 - VI Congresso Latino-americano de Formação de Professores de Línguas
Artigo Completo - Open Access.
PROJETOS DE EXTENSÃO COMO DINAMIZADORES DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE INGLÊS
MAIA, Angélica Araújo de Melo ;
Artigo Completo:
A pesquisa apresentada nesse artigo parte do pressuposto de que projetos de extensão em cursos de Licenciatura podem não só fortalecer a dimensão política e de comprometimento social do trabalho docente, mas também expandir os campos de atuação dos professores em formação envolvidos para além do contexto das salas de aula do ensino regular, de forma a promover um desenvolvimento profissional sensível a contextos diversificados e às necessidades de diferentes públicos. Dessa maneira, apresentamos uma experiência de um projeto de extensão vinculado ao curso Letras-Inglês, vivenciada no decorrer do ano de 2015 na Universidade Federal da Paraíba. O projeto teve como público-alvo jovens de uma organização não governamental da cidade de João Pessoa e permitiu que os professores participantes ministrassem aulas de língua inglesa que buscavam integrar a perspectiva de Inglês para Fins Específicos (DUDLEY-EVANS, ST JOHN, 2005) e o Letramento Crítico (JORDÃO, 2013). Discutiremos, através da análise das reflexões elaboradas pelos bolsistas sobre as aulas ministradas, os conhecimentos que puderam ser construídos no trabalho com o público de jovens da ONG, os problemas de ordem prática que se apresentaram para o trabalho com as duas perspectivas metodológicas propostas (ESP e Letramento Crítico) e as estratégias que foram adotadas pelos professores em formação para atingir os objetivos almejados e engajar os alunos no processo de ensino-aprendizagem. A análise foi orientada pelas categorias de capacidades de linguagem docente (capacidade de ação docente, capacidade discursiva docente e capacidades linguístico-discursiva docente) (QUEVEDO-CAMARGO, 2015). Entendemos que a reflexão sobre as capacidades docentes trabalhadas no projeto poderá resultar em uma expansão de perspectiva no que se refere à agência docente (capacidade de autogestão profissional) e à ampliação dos saberes trabalhados nos currículos de formação inicial de professores de línguas estrangeiras.
Artigo Completo:
Palavras-chave: Projeto de extensão; letramento crítico; capacidades de linguagem docente,
Palavras-chave: ,
DOI: 10.5151/edupro-clafpl2016-007
Referências bibliográficas
- [1] BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 1/2002 de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Diário Oficial da União, Brasília, 09 abr. 2002.
- [2] BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP 2/2015 de 1 de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação inicial em nível superior (curso de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, Brasília, 2 de julho de 2015.
- [3] BRONCKART, Jean Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: EDUC, 2009 [1999].
- [4] DOLZ, Joaquim; PASQUIER, A. BRONCKART, Jean-Paul. L’aquisition des discours:emergence d’une competence ou apprentissage de capacities langagiéres? In.: Études de Linguistique Appliquée, 1993, nº92, p. 23-37.
- [5] DUBOC, Ana Paula. Letramento crítico nas brechas da sala de línguas estrangeiras. In:TAKAKI,Nara H.; MACIEL, Ruberval F. (Orgs.) Letramentos em terra de Paulo Freire. 2 ed. São Paulo: Ponte, 2015, p. 209‐229.
- [6] DUDLEY-EVANS, T; ST JOHN, M. Developments in ESP: a multidisciplinary approach. Cambridge: Cambridge University Press, 2005.
- [7] FREUDENBERGER, Francieli. O trabalho do professor iniciante de língua estrangeira e as ferramentas docentes: um caminho para compreender o desenvolvimento? 2015 542fl. Tese- Linguística, Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, 2015.
- [8] HUTCHINSON, T., & WATERS, A. English for Specific Purposes: A learning-centered approach. Cambridge: Cambridge University Press, 1987.
- [9] JEZINE, Edneide. As Práticas Curriculares e a Extensão Universitária. Trabalho apresentado no II Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Belo Horizonte: UFMG, 2004. Disponível em: http://br.monografias.com/trabalhos-pdf901/as-practicas-curriculares/as-practicas-curriculares.pdf Acesso em 15 de novembro de 2016.
- [10] JORDÃO, Clarissa. Abordagem comunicativa, pedagogia crítica e letramento crítico farinhas do mesmo saco? In: ROCHA, Claudia H.; MACIEL, Ruberval F. (Orgs.). Língua estrangeira e formação cidadã: entre discursos e práticas. Campinas-SP: Pontes, 2013, p.69-90.
- [11] MAIA Angélica. A, DOURADO, Maura.R; FERREIRA, Jonathan. F.; CONCEIÇÃO , Cleiton.W. Ensino de língua inglesa e letramento crítico: uma experiência voltada para o engajamento dialógico e cidadão de adolescentes e jovens. Revista Espaço do Currículo (Online), v. 9, p. 97-107, 2016.
- [12] MARTINS, Eliecília F. Extensão como componente curricular: oportunidade de formação integral e de solidariedade. Ciências & Cognição, v.13 (2), p. 201-209, 2008.
- [13] MATTOS, Andréa M. A. Educating Language Teachers for Social Justice Teaching. Interfaces Brasil/ Canadá. Canoas, v. 14, n.2, p. 125‐151, 2014.
- [14] MEDRADO, Betânia. Tornando-se professor: a compreensão de graduandos em Letras sobre a atividade educacional. In: MEDRADO, Betânia P.; REICHMANN, Carla L. (Orgs.). Projetos e práticas na formação de professores de língua inglesa. João Pessoa: Editora da UFPB, 2012, p.151-169.
- [15] MEDRADO, Betânia P.; PÉREZ, Mariana (Orgs.) Leituras do agir docente: a atividade educacional à luz da perspectiva interacionista sociodiscursiva. Campinas: Pontes, 2011.
- [16] QUEVEDO-CAMARGO, Gladys. Gênero profissional professor de língua inglesa: qual a base do seu conhecimento? In: CALVO, Luciana C. Simoes; EL KADRI, M.S. ; ORTENZI, Denise Grassano ; SILVA, K. (Orgs.) Reflexões sobre o ensino de línguas e formação de professores no Brasil: uma homenagem a Telma Gimenez. 1. ed. Campinas, SP.: Pontes Editores, 2013, p. 205-227.
- [17] ______ . Componentes de um construto para avaliar o (futuro) professor de língua inglesa. In: BEATO-CANATO, Ana Paula M; QUEVEDO-CAMARGO, Gladys. Linguagem e educação: ensino-aprendizagem e formação de professores de línguas – uma homenagem à professora Vera Cristóvão. 1. Ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015, p.39-70.
- [18] REICHMANN, Carla L. A professora regente disse que aprendeu muito: a voz do outro e o trabalho do professor iniciante no estágio. Raído, Dourados, MS, v. 8, n.15, jan./jun, 2014.
- [19] ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
- [20] SCHÖN, Donald. The reflective practitioner. Londres: Temple Smith, 1983.
- [21] TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: Elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. In: Revista Brasileira de Educação. São Paulo, n. 13, 2000, p.5-24.
Como citar:
MAIA, Angélica Araújo de Melo; "PROJETOS DE EXTENSÃO COMO DINAMIZADORES DA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES DE INGLÊS", p. 85-98 . In: .
São Paulo: Blucher,
2017.
ISSN 2318-695X,
DOI 10.5151/edupro-clafpl2016-007
últimos 30 dias | último ano | desde a publicação
downloads
visualizações
indexações