Psicologia:

Introdução: O rastreamento ocular, ao analisar preferências visuais entre estímulos sociais e não sociais como o GeoPref Test, surge como uma abordagem promissora para detectar marcadores precoces do Transtorno do Espectro Autista (TEA), possibilitando intervenções mais rápidas (Wen et al., 2022). Objetivo: Avaliar o desempenho do Rastreamento Ocular como ferramenta auxiliar no diagnóstico de TEA. Metodologia: 427 crianças com até 5 anos de Centros de Educação Infantil participaram do estudo, sendo: TEA = 23 (F = 1, idade = 24; M = 22, idade = 35,2, DP = 10,1); TD = 391 (F = 188, idade = 34,7, DP = 12; M = 203, idade = 33,3, DP = 12,4); e Desenvolvimento Não Típico (nDT) = 13 (F = 5, idade = 36,4, DP = 9,9; M = 8, idade = 41,7, DP = 8,3). O teste GeoPref envolve dois vídeos apresentados simultaneamente: um lado, crianças praticando uma aula de ioga, e no outro lado a exibição de figuras geométricas (Pierce et al, 2016). Resultados: A análise de variância (ANOVA) unidirecional para investigar o efeito do grupo em relação a porcentagem de fixação em estímulos não sociais apresentou uma interação significativa (F[2, 451] = 29,27, p < 0,001, η²G = 0,11). O resultado sugere que crianças com TEA apresentam durações de fixação mais longas em estímulos geométricos em comparação com crianças com TD ou nDT. Conclusão: Este estudo sugere que o rastreamento ocular pode identificar diferenças na preferência visual precoces em crianças com TEA e uma preferência significativa por estímulos geométricos pode se correlacionar com um diagnóstico tardio de TEA e a necessidade de acompanhamento clínico.