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Este estudo visa apresentar análise do processo e os resultados obtidos a partir da Revisão Sistemática de Literatura (RSL) sobre o ensino de projeto de design durante a pandemia e é parte integrante do quadro referencial teórico da pesquisa de mestrado. As strings de busca usadas foram combinações de duas, três e quatro palavras; e suas equivalentes em inglês, das seguintes palavras-chave: “ensino de design”, “ensino remoto”, “pandemia” e “covid-19”. De acordo com o protocolo de pesquisa e escopo estabelecidos, foram encontrados 1319 documentos. Conforme critérios de inclusão e exclusão, 874 estudos foram rejeitados, 417 eram duplicados, e 28 aceitos. Destes selecionados para análise, 14 eram provenientes de anais de eventos científicos, 12 de periódicos e dois de capítulos de livros. Além disso, 12 foram encontrados na base do Google Acadêmico, dez na Scopus, cinco em anais da editora Blucher e um na Web of Science. Apesar de terem sido encontrados 180 estudos na base Scielo, oito estudos eram duplicados e os demais não correspondiam ao escopo da pesquisa. Em relação aos anos de publicação, três estudos são de 2020; 15 de 2021; nove de 2022; e um de 2023. Em relação aos países em que os estudos foram realizados, sete são do Brasil; quatro multinacionais; três da Austrália; três do Reino Unido; dois de Singapura; dois dos EUA; e um de cada país listado a seguir: Finlândia, Índia, Irlanda, Malásia, México, Portugal, e Turquia. Segundo Fleischmann (2021), cada especialidade do campo do Design tem particularidades distintas, fazendo com que o ensino online funcione de maneiras diferentes para Design de Produto, Design Visual e Design de Serviços. Desta forma, os estudos foram separados nas categorias conforme os domínios de Design. Os resultados identificam se tratar de um período de adaptação pedagógica brusca, marcado pelo uso de ferramentas digitais de comunicação instantânea e plataformas de trabalho colaborativo online; aulas síncronas gravadas; e utilização de repositório online de materiais de referência. A meta-análise indica vantagens como a flexibilidade geográfica e a economia de tempo em deslocamento, o que acarretou a facilitação de se organizar palestras com convidados, seminários, apresentações de trabalho, reuniões e atendimento individualizado, como orientações. Estes e outros aspectos são sugeridos pelos estudos como possíveis mudanças permanentes no ensino de Design. Identificou-se como principais desvantagens no ensino remoto de projeto nestes estudos: impossibilidade de utilizar as instalações nos campi para desenvolver protótipos, experiências com materiais, entre outras atividades de projeto que envolvem tangibilidade; problemas técnicos; escassez de recursos tecnológicos; falta de motivação, de concentração e de interação dos alunos; redução da criatividade; e prejuízos no aprendizado. A maioria dos estudos prospecta uma possível hibridização do ensino de projeto, sendo que as aulas teóricas e as primeiras fases de projeto, tais como problematização, análise de dados e ideação, poderiam ser remotas; enquanto as disciplinas práticas e as últimas fases de projeto, como protótipo, testes e avaliação, seriam mais adequadas no modelo presencial.