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A ANSIEDADE LINGUÍSTICA EM SALA DE AULA: O QUE DIZEM OS ALUNOS?

THEREZA JÚNIOR, Alcides Hermes ;

Artigo Completo:

Este trabalho tem como objetivo evidenciar os pontos de vista de alunos de cursos de língua inglesa a respeito das situações de aprendizagem e as habilidades da língua mais susceptíveis a manifestação da ansiedade linguística. O grupo de participantes expressou seus pontos de vista acerca da influência da variável afetiva na aprendizagem de língua inglesa por meio da análise e distribuição de 57 assertivas, denominada amostra Q, constitutivas da ferramenta de coleta de dados da metodologia Q de pesquisa. Esta abordagem utiliza um software que agrupa os participantes com pontos de vista convergentes. O agrupamento dos participantes aponta para a formação de três grupos: The Goodfellas, formado por alunos com elevado senso de grupo; The Easyriders, composto por alunos que compartilham atitudes positivas e de aceitação do sentimento de ansiedade no processo de aprendizagem de LI; e The Caring Ones, grupo constituído por alunos que se sentem ansiosos e desconfortáveis em situações específicas da aula. A fundamentação teórica apresenta estudos sobre a dimensão afetiva na aprendizagem (Brown 1993), a ansiedade em sala de aula de LI no Brasil (Cunha 1997, Morandi 2002; Mastrella 2002; Castro e Silva 2007; Pizzolato 2007; Ferreira 2008) e no mundo (Scovel 1978; Horwitz, Horwitz e Cope 1986; Macintyre e Gardner 1991b e 1994b; Young 1991; Lim 2004; Gregersen 2007). A pesquisa nos revela que os aprendizes de língua inglesa, independente do nível de proficiência em que se encontram, reagem e comportam-se de maneiras diferentes quando se sentem ansiosos ao serem expostos a situações comuns em sala de aula.

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Palavras-chave: variáveis afetivas; ansiedade; língua inglesa,

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DOI: 10.5151/edupro-clafpl2016-003

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Como citar:

THEREZA JÚNIOR, Alcides Hermes; "A ANSIEDADE LINGUÍSTICA EM SALA DE AULA: O QUE DIZEM OS ALUNOS?", p. 27-40 . In: . São Paulo: Blucher, 2017.
ISSN 2318-695X, DOI 10.5151/edupro-clafpl2016-003

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