Resumo:

Os métodos clássicos para extração de proteína solúvel são baseados em maceração e agitação moderada com solventes aquosos em baixas temperaturas o que os torna longos, demandam uso de volume de solvente que promovem a diluição do analito, e o rendimento é afetado pela estrutura do tecido de interesse. O método de extração assistida por ultrassom (UA) baseia-se na ação de ondas mecânicas de baixa frequência, formando microbolhas que colapsam formando áreas de alta pressão e temperatura na solução, promovendo a lise celular e liberando compostos intracelulares. Neste estudo o método de extração por ultrassom para solubilizar as frações protéicas solúveis da soja foi avaliado, visando substituir o procedimento convencional. Foram extraídas proteínas solúveis de três espécies de soja; Monsoy 6972, Monsoy 8490 e Monsoy 7636 utilizando desrruptor de células ultrassônico durante 10 minutos a 30 kHz, seguido de centrifugação por 20 minutos a 2240g e filtração (parâmetros previamente estabelecidos. Comparando com o rendimento sob agitação orbital a temperatura ambiente, as proteínas extraídas foram quantificadas pelo método de Lowry. Os resultados médios de recuperação foram comparados por análise de variância e teste de Tukey ao nível de 5% de significância. A extração assistida por UA foi mais eficaz para extrair proteínas solúveis em água, solução salina e etanolica. A espécie Monsoy 8490 foi a que apresentou maiores teores de proteína nos diferentes solventes, sendo a fração das albuminas a mais abundante em todas as variedades. Ficou demonstrado que a utilização da técnica de extração assistida por ultrassom é uma boa opção para fracionamento de proteínas solúveis, com menor diluição da amostra e maior rapidez.