Setembro 2016 vol. 2 num. 4 - XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas

Artigo - Open Access.

Idioma principal

MEMÓRIAS DO CANGAÇO: UMA REFLEXÃO SOBRE A MEMÓRIA, A HISTÓRIA E O CINEMA NO FILME O BAILE PERFUMADO

OLIVEIRA, Ana Paula ;

Artigo:

O objetivo deste artigo é analisar a articulação entre o cinema, a memória e a história a partir da análise do filme O Baile Perfumado (1997) primeiro longa-metragem dos cineastas pernambucanos Lírio Ferreira e Paulo Caldas. O filme dialoga com a história do Brasil ao tratar do cangaço pela trajetória do mascate Benjamin Abraão, primeiro e único a filmar Lampião e seu bando nos últimos anos do cangaço, na década de 30. De acordo com Lírio Ferreira, o início das pesquisas para a construção do filme contou com um procedimento quase documental, pois queriam que as pessoas contassem histórias para a câmera. Essa coleta de dados salienta o papel fundamental que a memória desempenhou na construção da narrativa, pois , durante a realização do filme, foram ouvidas versões diferentes sobre vários fatos. De acordo com Paulo Caldas “a cidade de Recife, que cultiva sua memória, é o ambiente ideal para garimpar histórias como essa”. Pretende-se, desse modo, evidenciar o cruzamento entre a história brasileira e a história do cinema brasileiro.

Artigo:

Download (PDF)

Palavras-chave: memória, cangaço, Benjamin Abraão, árido movie,

Palavras-chave: ,

DOI: 10.5151/sosci-xisepech-gt13_78

Referências bibliográficas
  • [1] BARBOSA, Eduardo. Lampião Rei do Cangaço. São Paulo: Ediouro, s/d.
  • [2] BERNARDET, Jean-Claude; RAMOS, Alcides Freire. Cinema e História do Brasil. São Paulo: Editora Contexto, 199
  • [3] CALDAS, Paulo; FERREIRA, Lírio. A modernidade, o sertão e a vaidade de Lampião. CINEMAIS, Rio de Janeiro, número 4, p. 7-38, março /abril 1997.
  • [4] CUNHA, Euclydes da. Os Sertões: Campanha de Canudos, 37ª edição, RJ: Francisco Alves, 1995.
  • [5] FACÓ, Rui. Cangaceiros e Fanáticos. 9ª edição, Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1991.
  • [6] FERRO, Marc. Cinema e História. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
  • [7] HALBWACHS , Maurice. A memória coletiva. São Paulo : Editora Vértice, 1990. HOBSBAWN,Eric.J. Rebeldes Primitivos: estudos sobre formas arcaicas de movimentos sociais nos séculos XIX e XX, RJ, 2ª edição, Rio de Janeiro: Zahar, 1970.
  • [8] LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas/SP: Editora da Unicamp,1996.
  • [9] MELLO, Frederico Pernambucano. Guerreiros do Sol: o banditismo no Nordeste do Brasil. Recife:FUNDAJ, Ed. Massangana, 1985.
  • [10] PERNAMBUCANOS INVENTAM O “ ÁRIDO MOVIE”. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 01 abril 1997. Caderno 2, p.D12.
  • [11] QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. História do cangaço. São Paulo: Global Editora, 1982.
  • [12] RAMOS, Fernão(Org.). História do cinema brasileiro. São Paulo: Art Editora, p. 78-84, 1990.
  • [13] A MARCA da maldade. Direção de Orson Welles. 1958, 93min: VHS.NTSC, son., pb.
  • [14] MEMÓRIAS do cangaço. Direção de Paulo Gil Soares. Salvador, 1965, 30 min:VHS. NTSC, son., pb.
  • [15] O BAILE PERFUMADO. Direção de Lírio Ferreira e Paulo Caldas. Recife, 1996. 1 Videocassete(130 min):VHS. NTSC, son., color.
Como citar:

OLIVEIRA, Ana Paula; "MEMÓRIAS DO CANGAÇO: UMA REFLEXÃO SOBRE A MEMÓRIA, A HISTÓRIA E O CINEMA NO FILME O BAILE PERFUMADO", p. 1234-1244 . In: Anais do XI Seminário de Pesquisa em Ciencias Humanas [=Blucher Social Science Proceedings, n.4 v.2]. São Paulo: Blucher, 2016.
ISSN 2359-2990, DOI 10.5151/sosci-xisepech-gt13_78

últimos 30 dias | último ano | desde a publicação


downloads


visualizações


indexações